1. |
Não Passarão
02:50
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NÃO PASSARÃO
Mais uma vez alguém gritou “protege o macho agressor”
É libertário, limitado. Espaço hostil legitimado
A violência é liberada com mina, trans e sapatão
Misoginia internalizada. Vocês não passarão
As testemunhas, os protegidos. Não passarão
Banda de macho condescendente, não. Não passarão
O agressor e seus amiguinhos. Não passarão
Não passará o silenciamento, não. Não passarão
Além do abuso, do soco, do empurrão
Os caras juntam pra dar nela uma lição
É pra nos calar, deslegitimar
Sobrevivente, eu solto a voz. Isso não passará
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Shall not pass
Once more someone shouted “protect the macho agressor”
Left-libertarian but still narrow minded
A legitimized hostile space
Violence is allowed when it’s against women, trans people and dykes
Internalized misogyny. You shall not pass
Their witnesses, the protected ones
Condescending misogynist bands
The aggressor and his dear friends
Silencing women
Shall not pass
In addition to the abuse, to the punch, to the shove
These guys unite to give her a lesson
This is for to silence us, to delegitimize us
I’m a survivor, I shout. This shall not pass
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2. |
Preta Gorda Sapatão
02:43
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PRETA, GORDA, SAPATÃO
Corpo politico, desviante, fora do padrão
Que não encaixa em sua cor, em sua relação
Todos os olhares acompanham minha movimentação
Vigilantes revelando a minha condição
Preta, gorda, sapatão
Minha resistência é minha revolução
Afetos negados, emoções interrompidas
O dedo apontado na cara, o dedo cravado na ferida
Sou sapatona preta, sem vergonha da minha existência
Cento e dois quilos de pura resistência
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Black, fat, dyke
Political body, deviant, out of your standards
It doesn’t fit into your colors, into your relationships
All these looks following my movements
All these watchers revealing my condition
Black, fat, dyke
My resistance is my revolution
Affection denied, emotions broken
Fingers pointing straight to my face, sticking wounds
I’m a black dyke, without any shame
102kg of pure resistance
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3. |
Sangue Negro
03:35
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SANGUE NEGRO
É o sangue negro que escorre sempre
É o corpo negro encarcerado sempre
É o jovem negro na mira da PM sempre
É o povo preto que sofre sempre
Seu privilégio sustenta essa porra toda
Sua indiferença sustenta essa porra toda
Sua branquitude financia essa porra toda
Sempre! Sempre!
Sempre, desde sempre!
É por Luana Barbosa, Claudia da Silva, Rafael Braga, Verônica Bolina e todos os presos políticos e pretos executados pelo Estado que resistiremos, sempre!
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Black blood
Black blood is the one that is always running
Black body is the one that is always being incarcerated
Black boys are always a target for the police
It’s the black people who suffer, always
Your privilege, your indifference
Your whiteness maintain all this fucking shit
Since always
For Luana Barbosa, Claudia da Silva, Rafael Braga, Verônica Bolina and all the black people and political prisoners murdered by the state, we’ll resist, always
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4. |
Why
02:24
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WHY
I know we are both hurt
But let’s talk about what has been happening
Should ain’t be a crunch to know we all sometimes screw it up too
Look at me, consider this: taking responsibility for daily oppressions
It’s all about being fair
Fixing our boundaries up, mutual respect
If it’s not to love neither to take care of each other
If it’s not to love, why are we together after all?
We are unique, we don’t feel the same
I have, I will question my own words
We are unique, we don’t own the truth
I have, I will question my own words
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Por quê
Eu sei que estamos ambas machucadas
Mas vamos falar sobre o que está acontecendo
Não deveria ser um problema saber que todas nós às vezes pisamos na bola
Olhe pra mim, considere isto: assumir a responsabilidade pelas opressões cotidianas
É uma questão de ser razoável
Ajustar nossas fronteiras, respeito mútuo
Se não for pra nos amar e nem pra cuidarmos umas das outras
Por que estamos juntas afinal?
Cada uma de nós é única, nós não sentimos o mesmo
Eu preciso, eu vou questionar minhas próprias palavras
Cada uma de nós é única, nós não somos donas da verdade
Eu preciso, eu vou questionar minhas próprias palavras
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5. |
Win Or Lose
02:47
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WIN OR LOSE
Since the first time you saw her eyes
You just can't forget her
She's so sweet and so smart
All that you ever expected
You coin excuses to see her again
It looks so dumb but it's all right
Just to dream with her by your side
Why don't you try?
Why don't you think that things can just be ok?
Why don't you try? Why don't you fight?
Just tell her that you love her
Now you've got to make a move
Show your feelings, tell the truth
Maybe she can just refuse
But at this time it's about win or lose
I know she's your friend, I know, it's so hard
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6. |
Céu Cinza
02:18
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CÉU CINZA
Quem testemunhou meu sofrimento
Permanece em silêncio para não admitir
O seu antigo padrão de pensamento
E se mostrar na mesma ignorância dos demais
Me diz então, por que não mudar?
Me diz então, por que não lutar?
Conciliar novas direções e se libertar
Deste preconceito que vai te controlar
Conciliar novas direções e se libertar
Deste preconceito que te faz andar pra trás
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Grey sky
Those who have witnessed my suffering
Stay in silence to hide their old thought pattern and ignorance
So tell me, why not to change? Why not to fight?
Reconcile new directions and free yourself
From this bias that can control you
From this bias that hold you back
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7. |
Funk da Xoxota
02:39
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FUNK DA XOXOTA
O funk da xoxota preza a subversão
Então vem minha amiga, vem fazer revolução
Aqui não tem machismo, não aceito opressão
Aqui tu não tem voz, patriarcado vacilão
Xota, xota, xota, xota
É o funk da xoxota
Aqui o papo é reto, a mulherada tá na luta
Então vamos juntar as trans, as sapatão e as puta
Diante de injustiça, violência e repressão
Eu exerço autonomia dançando o meu refrão
Vem, ô minha amiga, vem pro funk, vem dançar
Eu quero marchar junta e o amor compartilhar
O meu corpo me pertence e eu quero é liberdade
Vamos politizar a putaria e a sacanagem
Aqui não tem machismo, não aceito opressão
Aqui tu não tem voz, patriarcado vacilão
O meu corpo e minha vida tu não vai disciplinar
Pra exercer minha autonomia, o refrão eu vou cantar
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Pussy funk
Pussy funk values subversion
So come on friend, come to revolution
There isn’t any machismo here, I don’t accept oppression
Patriarchy doesn’t have a voice here
Pussy, pussy, pussy, pussy
This is the pussy funk
This is straight talk, women are on fire fighting
So let’s unite trans people, dykes and bitches
Facing injustice, violence and repression
I practice autonomy by dancing this chorus
Come, dear friend, come to funk, come and dance
Let’s march together, let’s share and love
My body is mine and what I want is freedom
Let’s make sluttiness politicized
There isn’t any machismo here, I don’t accept oppression
Patriarchy doesn’t have a voice here
My body, my life. You won’t discipline me
To practice autonomy, I’ll sing this chorus
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Bertha Lutz MG, Brazil
Hardcore feminista, riotgrrrl, dykepride, antiracista, antigordofobia e anti(cis)tema, de Belo Horizonte, Brasil.
Bah Lutz (voz), Rafa Araújo (baixo/voz), Gabi Araújo (guitarra), Debris Oliveira (guitarra/voz) e Carol Victoriano (bateria)
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